sexta-feira, março 16, 2012
Pery Ribeiro, o amigo do rei
O amigo do rei (Moacyr Luz & Aldir Blanc)
Meus sonhos sei de cor, neles não sou quem sou
Eu durmo na pior e acordo embaixador
E tenho o que não tenho
E sei o que não sei
O verdadeiro amigo do rei
Dou sorte no cassino, depois eu vou
Dançar um tango argentino com meu novo amor
Fugimos rumo a Roma e num vapor
Eu tenho a cabeça louca, louca
Gosto mesmo é de sonhar
E acho a realidade triste e pouca
Meu trabalho é inventar
Há quem viva sem lembrança
Com dinheiro e segurança
Debochando de quem enlouqueceu
Esse não entende nada, dentro da noite fechada
Não é muito mais feliz que eu
Dou sorte no cassino, depois eu vou
Dançar um tango argentino com meu novo amor
Fugimos rumo a Roma e num vapor
Eu tenho a cabeça louca, louca
Gosto mesmo é de sonhar
E acho a realidade triste e pouca
Meu trabalho é inventar
Há quem viva sem lembrança
Com dinheiro e segurança
Debochando de quem enlouqueceu
Esse não entende nada, dentro da noite fechada
Não é muito mais feliz que eu
Brasil perde grande cantor Pery Ribeiro
Morreu, no Rio de Janeiro, o cantor e compositor Pery Ribeiro, filho de Herivelto Martins e Dalva de Oliveira. Pery estava internado com problemas cardíacos. Na manhã da sexta-feira, 24 de fevereiro, teve um infarto.
Para quem era filho de estrelas da música brasileira, cantar era muito familiar. Aos 20 anos, Pery Ribeiro trabalhava como câmera na antiga TV Tupi quando foi convidado para cantar no programa de Paulo Gracindo. Nunca mais parou.
Era o inicio dos anos 60. O Rio de Janeiro cantava o sol, o mar e o amor de um jeito cheio de bossa. Pery Ribeiro ia se tornar uma das vozes da bossa nova. Ele se orgulhava de ter sido o primeiro a gravar Garota de Ipanema.
“Um grande cantor, destes cantores tão grandes que cantavam de um samba-canção, tango, caipira até a bossa nova”, lembra o produtor musical Ricardo Cravo Albin.
Pery foi também o guardião da memória do país. Em 2006, lançou o livro Minhas Duas Estrelas, sobre a vida e os conflitos de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. O livro serviu como base para a minissérie Dalva e Herivelto.
Nos últimos anos, ele retomou as origens e gravou sucessos do pai.
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