E quem quiser contribuir, mandando inclusive textos, é só me contactar. Comentários, é claro, serão bem-vindos - quem quiser polemizar, discutir, brigar, também pode: só não prometo continuar no tema, pois o tempo nem sempre existe, nem tudo vale a pena mergulhar fundo e os assuntos são muitos.

Ah! Para quem não me conhece, posso me definir como um ATIVISTA CULTURAL BRASILEIRO – adotando definição dada pela jornalista Beatriz Wagner (obrigado, Bea!) durante o Brazil Film Festival de Sydney, em outubro de 2009. Sou de São Paulo, capital, mas moro em Sydney, Austrália desde o final de 1980. Além de ser ou gostar de ser um ativista cultural, ou como parte disso, faço música, cinema, escrevo, trabalho como guia de turismo multilíngüe (em português, inglês, espanhol e italiano) viajando por toda a Austrália, faço traduções, dou aulas de violão, português e inglês, entre outras coisas – e sou formado em Arquitetura e Urbanismo pelo Mackenzie (SP) sem ter exercido a profissão.

sábado, junho 19, 2010

UM VENTO ME LEVA - JIRGES RISTUM

Livro lindo, muito especial, sobre o saudoso Jirges Ristum, mais conhecido como Turco, um dos amigos de quem mais sinto falta em minha vida. UM VENTO ME LEVA merece ser lido e apreciado por muita gente – não somente pelos que conheceram Jirges e que irão se emocionar muito, mas por qualquer pessoa interessada nas coisas do nosso Brasil, na nossa história recente, em cinema, cultura, poesia, etc...

Aqui está o link para ouvir entrevista do cineasta André Ristum, filho de Jirges, para a Rádio Jovem Pan sobre o livro:
http://p.audio.uol.com.br/jovempan2/www/mp3/2010/04/28/ANDRE230410.mp3








Irreverente, contestador. Distante do convencional. Sempre bem-humorado. Uma figura apaixonante e também apaixonada pelo que fazia: cinema e versos. Alguém que amava a beleza. Assim era Jirges Ristum, um desses homens que, de tão especiais, são difíceis de esquecer. Assim o descrevem familiares, amigos e colegas cujos relatos contribuem para remontar, tal como num quebra-cabeça, a imagem desse artista de múltiplas faces. Os depoimentos, somados a escritos do próprio Jirges, compõem a coletânea Um vento me leva: Lembranças de Jirges Ristum, editada pela Imprensa Oficial e organizada por Ivan Negro Isola. Ele era, como dizia Glauber Rocha, o maior cineasta brasileiro não revelado. A morte prematura, aos 42 anos, no começo da década de 80, silenciou uma obra que estava em expansão. De volta do exílio, após colaborar com realizadores como Antonioni, Bertolucci e Rosselini, ele acabara de lançar seu primeiro livro de poemas. Definia-se, na época, como pós-freudiano, pós-marxista, antiplatônico e antiaristotélico e, por isso mesmo, disposto a imaginar as histórias sem censura. Este livro é uma homenagem a Jirges Ristum, uma espécie de almanaque sentimental para nos lembrarmos da sua performática figura, afirma o organizador, Ivan Negro Isola.

Único Nobel da Língua Portuguesa, Saramago morre aos 87 anos




LISBOA/MADRI (Reuters) - O escritor português José Saramago, único do seu idioma a receber o Nobel de Literatura, morreu na sexta-feira aos 87 anos na sua casa, em Lanzarote, nas Ilhas Canárias (Espanha). Ele deixa uma obra em que o realismo mágico se misturava à crítica política e à simpatia pelos oprimidos.

Militante de carteirinha - era filiado ao Partido Comunista de Portugal -, Saramago conheceu a aclamação do Prêmio Nobel, em 1998, mas também várias polêmicas no decorrer da sua longa carreira literária, por causa da abordagem crítica em relação à história portuguesa, ao conservadorismo e à religião.

A Fundação Saramago disse que ele morreu vítima de uma múltipla falência dos órgãos, após uma prolongada doença. O corpo do escritor está sendo velado em sua biblioteca, na casa de Lanzarote.

"Penso que se trata de uma grande perda para a cultura portuguesa", disse o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, a jornalistas. Saramago, afirmou ele, "deixou uma obra que orgulha o país ..., e o seu desaparecimento torna a nossa cultura mais pobre".

O presidente Aníbal Cavaco Silva disse que o escritor "será sempre uma figura de referência da nossa cultura".

Na sua última polêmica, no ano passado, Saramago irritou a Igreja Católica ao declarar, no lançamento do seu romance "Caim", que a Bíblia era um "manual de maus costumes" e um "catálogo do que há de pior na natureza humana".

Seus confrontos com as autoridades portuguesas eram frequentes também, o que talvez ajude a explicar por que parecia ser mais popular no exterior do que no seu país. "Ele talvez fosse mais conhecido fora do que em Portugal", disse o escritor Batista Bastos.

ATRITOS COM A IGREJA

Saramago partiu para um autoexílio em 1992, depois que o governo português da época vetou seu romance "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" na indicação oficial a um prêmio literário. Desde então ele vivia em Lanzarote, nas Canárias, território espanhol perto da costa africana.

Esse romance, que mostra Jesus como filho de José, e não de Deus, foi criticado pelo Vaticano, e Saramago acusou o governo português de censura.

Saramago só conheceu a fama tardiamente, mas é indiscutivelmente o mais conhecido escritor português contemporâneo, tendo sido traduzido em 25 línguas.

Em 2008, seu livro "Ensaio Sobre a Cegueira" foi transformado em um filme de sucesso, pelas mãos do brasileiro Fernando Meirelles, com Julianne Moore e Mark Ruffalo no elenco.

Saramago escreveu seu primeiro romance em 1947, mas em seguida esperou cerca de 35 anos até produzir suas primeiras obras aclamadas, como "Memorial do Convento", sobre a construção do convento de Mafra, nos arredores de Lisboa.

O cineasta Federico Fellini, amante de imagens exuberantes, considerava essa obra como um das mais interessantes que já lera. O enredo, sobre um casal de amantes que tenta fugir da Inquisição com uma máquina voadora, deu origem a uma ópera em estilo italiano, apresentada em 1990 no teatro La Scala, em Milão.

SIMPATIA PELOS OPRIMIDOS

Saramago nasceu em 16 de novembro de 1922, numa modesta família rural do Alentejo (sul de Portugal). Pobre demais para ir à universidade, trabalhou como metalúrgico, e atribuía sua simpatia pelos oprimidos a suas raízes humildes. Entre seus personagens havia camareiras, camponeses e vítimas de perseguições.

Certa vez, numa entrevista à Reuters, sacudiu a cabeça pesarosamente quando questionado sobre seu sucesso. "Não sou um gênio", disse, "só faço o meu trabalho."

O estilo lírico de Saramago, entremeando a fantasia, a história portuguesa e os ataques à repressão política e à pobreza, motivaram comparações com autores latino-americanos, como o colombiano Gabriel García Márquez, também Nobel de Literatura.

Mas Saramago rejeitava essas influências, e diziam que velhos mestres como o espanhol Miguel de Cervantes e o russo Nikolai Gogol o haviam impressionado mais.

"A literatura europeia não precisa emprestar o realismo mágico e a fantasia da América Latina. Qualquer país pode ter suas próprias raízes do realismo mágico."

Sua escrita pode ser considerada difícil, prescindindo da pontuação e eventualmente da gramática tradicionais. Mas ela tem raízes em um profundo sentimento associado à língua e ao seu ritmo.

A Fundação Nobel disse ao conceder-lhe o prêmio, em 1998, que Saramago, "com parábolas sustentadas pela imaginação, a compaixão e a ironia, continuamente nos permite mais uma vez apreender uma realidade elusiva".

Apesar das suas crenças comunistas - foi recebido pelo líder cubano Fidel Castro em vários eventos oficiais -, Saramago dizia que não escrevia para servir à ideologia ou ao ativismo político. Em 2003, ele fez críticas ao regime cubano por causa da prisão de dissidentes políticos.

Outras obras proeminentes incluem "A Jangada de Pedra" (1986), em que Portugal e Espanha se separam do resto da Europa, num comentário sobre o isolamento da região; "História do Cerco de Lisboa" (1989), ambientada da Lisboa medieval, e "A Caverna" (2000), uma alegoria sobre o sistema capitalista.

Saramago era casado com a jornalista espanhola Pilar del Río, que traduzia seus livros para o espanhol.

A COPA DO MUNDO SEGUE SURPREENDENDO



A Copa está em pleno andamento, ainda na primeira fase de grupos, com algumas surpresas agradáveis. O calmo, limpo e surpreendente futebol da Sérvia, que ganhou da Alemanha por 1x0 praticamente sem cometer faltas contra os jogadores alemães: uma lição de futebol. Sim, é possível jogar sem fazer faltas e dar espaço aos jogadores – e conseguir destruir as jogadas limpamente. A Sérvia mostrou isso claramente. Espanha e Inglaterra continuam decepcionando, como de costume nas copas do mundo. E a Eslovênia também surpreende positivamente (outro time que vem da antiga Yugoslávia, como a Sérvia).

A Austrália levou uma cacetada da Alemanha porque seu técnico mostrou que não sabe mudar o jogo da defesa australiana se for preciso – e era preciso. A defesa jogou em linha de impedimento e foi surpreendida várias vezes pelos alemães. Foi uma tristeza ver os australianos goleados tão facilmente. Quem sabe no próximo jogo o time funcione melhor, para apagar essa má impressão. Infelizmente, a classificação para a segunda fase ficou muito difícil.

O nosso Brasil começou claudicante, mostrando que Dunga, além de nunca ter sido técnico, também pouco sabe quanto a tentar mudar o time quando a coisa não está funcionando. Faltou criatividade ao time na maior parte do jogo. Robinho, que normalmente desaparece quando enfrenta jogadores europeus, teve a chance de mostrar seu talento e criatividade contra nossos adversários coreanos. E, como de costume, foi justamente o talento e classe de alguns jogadores que acabou desequilibrando a partida a nosso favor. Maicon marcou um gol de placa, desses que deveriam estar entre os mais lindos e inesperados da história do futebol. E Elano completou ótimo passe de Robinho. Os coreanos ainda conseguiram marcar um gol, mas o jogo terminou com vitória brasileira. Nilmar e Dani Alves, quando entraram, deram maior mobilidade e criatividade ao time – mas Dunga dificilmente os colocará desde o início do jogo. Kaká e Luis Fabiano continuam em má fase e precisam melhorar 500% para que o time possa chegar entre os 4 finalistas e, quem sabe, a uma final que, por incrível que pareça, poderia ser contra nossos hermanos argentinos. Seria uma final realmente histórica - e histérica também, com Maradona dando xiliques a cada minuto (rsss...) – e Dunga reagindo como se nem estivesse na Copa e muito menos fosse o técnico do Brasil. Temos que rezar muito, gente, pra que os nossos jogadores se superem e ganhem por conta própria. Se depender do Dunga, vai ser uma tristeza. A não ser que a estrela de Dunga brilhe novamente e a luz chegue ao seu tutano (junto com aquela sorte enorme que os menos competentes precisam pra se destacar). E tenho dito.

quarta-feira, junho 02, 2010

DIVULGADA A NUMERAÇÃO DOS 23 JOGADORES

Indicando claramente qual é o time titular de Dunga para a seleção brasileira, a CBF divulgou oficialmente a numeração dos 23 jogadores convocados.

1 - Julio César
2 - Maicon
3 - Lúcio
4 - Juan
5 - Felipe Melo
6 - Michel Bastos
7 - Elano
8 - Gilberto Silva
9 - Luis Fabiano
10 - Kaká
11 - Robinho
12 - Gomes
13 - Daniel Alves
14 - Luisão
15 - Thiago Silva
16 - Gilberto
17 - Josué
18 - Ramires
19 - Julio Baptista
20 - Kleberson
21 - Nilmar
22 - Doni
23 - Grafite

Consequentemente, a seleção deve entrar em campo no seu primeiro jogo da Copa contra a Coréia do Norte com a seguinte escalação:

1 - Julio César

2 - Maicon; 3 - Lúcio;
4 - Juan; 6 - Michel Bastos

5 - Felipe Melo; 7 - Elano
8 - Gilberto Silva; 10 - Kaká

9 - Luis Fabiano
11 - Robinho




sexta-feira, maio 21, 2010

MÚSICA DE DENTRO - DORI CAYMMI



Maravilhoso o novo trabalho de Dori Caymmi, um dos grandes músicos do nosso país. Quem gosta da melhor MPB, dos mais lindos arranjos (Dori é arranjador, dos melhores), de lindas melodias, da voz maravilhosa de Dori (que logicamente nos faz lembrar seu pai, Dorival, um dos maiores gênios que o Brasil produziu), não pode deixar de ter esse CD.
Deixo aqui o meu grande abraço a você, Dori Caymmi e, sem qualquer exagero, gostaria que a sua criatividade e talento iluminassem as minhas andanças pela nossa música e inspirassem os meus projetos futuros. Tenho o maior orgulho de conhecer e ter acompanhado todo o seu trabalho, desde o início.

E aqui está o que Maria Bethânia tem a dizer a Dori sobre esse CD:

Dori,
Seu disco é lindo. Tudo que eu gosto tanto: linda música, poesia inspirada, amizades novas, velhos amigos, vozes raras, timbres e intenções belíssimos. Sua música cobrindo a palavra do Paulinho, encontro de pura luz. Saúde de já poder dizer só o que mais interessa.
Outros parceiros, que novidade tão bem-vinda essa parceria com o Chico, que saudade do Buarque assim, sabendo de cada pulsação, do ritmo de amar de uma mulher, e o melhor, tão comovido com isso!
Edu com sua voz que o frevo tingiu, machucando os corações em dueto com você. Ai, todas as saudades que sinto do Recife...
Obrigada por me deixar dizer quanto me comoveu seu disco, suas escolhas, sua dedicatória. É bonito ver você com sua música, ver a música lhe ganhando, lhe dando um baile, lhe governando, guiando, dizendo que sem ela não há saída, muito menos encanto.
Que alegria sentir o ninho bem cuidado.
Maria Bethânia
(Rio de Janeiro, 3 de março de 2010)

Canto pra Dorival

Dori Caymmi lança o disco Mundo de dentro e prepara songbook sobre a obra do pai. Radicado há vários anos nos EUA, o compositor confessa: "Gosto de trabalhar no Brasil"
Ailton Magioli - EM Cultura
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A proximidade do 30 de abril deixa a família Caymmi emocionalmente abalada. “É uma data dura de a gente viver”, explica Dori Caymmi, de 66 anos, filho de Dorival. Sexta-feira que vem, o autor de Marina completaria 96 anos. Ele e a mineira Stella Maris – mortos em 2008 – se casaram justamente no último dia deste mês. “Drummond, papai e Guimarães Rosa tinham que continuar vivendo para o mundo ficar menos medíocre”, protesta Dori.

Radicado há duas décadas nos Estados Unidos, o cantor, compositor e violonista está de volta ao Brasil para lançar mais um disco. Na quarta-feira, em Ouro Preto, ele foi homenageado com a Medalha da Inconfidência, concedida a ele e ao parceiro Paulo César Pinheiro pelo governo do estado. Os dois fizeram dobradinha na genial Desenredo (“Ê, Minas/ Ê, Minas/ É hora de partir/ Eu vou/ Vou-me embora pra bem longe).

Originalmente lançado no Japão e com algumas modificações de repertório, Mundo de Dentro, o 12º álbum solo de Dori Caymmi, chega com canções literalmente traduzidas para o português, conforme exigência do autor. “Quero fazer um disco do Brasil, de língua portuguesa, cantando para meu pai e para minha mãe. Tanto que botei o retrato deles lá”, emociona-se.

“Meu contrato com o Quincy Jones dizia o seguinte: quando eu fizesse a música em português, ela ficava minha para o Brasil ou para o mundo, evidentemente. Preciso garantir minha aposentadoria. Sou músico, nunca ganhei e nem meus discos ganharam prêmios. Sempre fui posto de lado, ficando de arranjador, o que era mais cômodo. A crítica sempre foi injusta com o meu lado artístico: nunca fala de mim como cantor, como compositor. Já me acostumei, faço parte da turma do Vadico, de Noel Rosa e de vários compositores que sempre foram jogados para o lado”, discursa.

Dori garante que não tem mágoas. “Quando era garotão e estava começando, me revoltava um pouco. Depois passou, fiquei o arranjador. As pessoas acham que não sou compositor”, lamenta. Das 13 canções do novo CD, 12 são parcerias com Paulo César Pinheiro: Quebra-mar, Rio Amazonas, É o amor outra vez, Chutando lata, Delicadeza, Dia de graça, Dança do tucano, Sem poupar coração, Flauta, sanfona e viola, Mundo de dentro (assinada por Danilo Caymmi), Armadilhas de um romance e Saudade de amar.

Exceção à regra, Fora de hora, a única parceria de Dori com o amigo Chico Buarque, já havia sido gravada por Joyce e por Nana Caymmi. Entre as inéditas, além da faixa-título Mundo de dentro, estão Delicadeza (feita para os pais) e Armadilhas de um romance.

PEQUERI

Apesar da proposta de transformar a casa da família, em Pequeri, na Zona da Mata mineira, em museu ou algo parecido, Dori diz que o imóvel será mantido para os netos de Dorival. “Meu pai tinha paixão por Pequeri. Mamãe nasceu lá, mas não curtia muito não. Papai gostava do silêncio, gostava de se recolher, ficava no canto dele pintando, desenhando e ouvindo a Rádio Relógio Federal”. O cantor relembra as manias do patriarca: “Ele gostava daquele silêncio. Então, mamãe fez um escritório, um estudiozinho, onde ele ficava no canto dele olhando pássaro, formiga”. A família sente muita falta de Dorival e de Stella. “É muito difícil. Principalmente para a Nana”, confessa.

Até os 5 anos, Dori frequentava a cidade natal da mãe. “Lá, conheci goiaba, poio, carro de boi, a maria-fumaça que passava na cara da gente”, recorda. “Depois, Pequeri sumiu da nossa vida. De repente, nos Estados Unidos, soube que papai estava construindo lá. Depois de 50 anos, voltei. A cidade está linda, a mesma coisa. Só tiraram o trem e o carro de boi. É a política, a indústria automobilística”, lamenta.

SONGBOOK

Dori conta que a vida em Los Angeles, onde mora com a família, é boa. “Estou plantando a minha pimenteira, cuidando do meu pêssego, da minha macieira. Tenho um terreno e fico ali. Fiz um songbook do papai para o mercado brasileiro. A Sônia Lobo, irmã do Edu Lobo, tem uma editora aqui e está interessada. Parece que ela vai lançar songbooks do Ivan Lins e do Francis Hime de uma vez só. E ela me pediu para fazer o meu e o do papai para serem lançados entre agosto e setembro”, informa.

Dori não esconde que sempre foi contra a ideia de songbook, originalmente criado no Brasil pelo produtor Almir Chediak. Os álbuns de Almir reuniam artistas de tendências variadas para interpretar a obra de um compositor. “Fica uma coletânea babaca, eu acho. O termo é um pouco grosso, mas sem a intenção de diminuir o trabalho do Almir. A coisa fica tendenciosa, estranha. Você pega a música do papai, a música do Tom Jobim, e todo mundo canta de maneira diferente”, critica.

De acordo com o músico, no songbook do pai nada foi alterado. “Acrescento algumas coisas harmônicas, procurei descobrir os desenhos de violão dele em canções como É noite, botando uns carimbos de violão para mostrar os acordes. Às vezes, chamo a atenção da pessoa para esse lado, para a característica da música, para não ela não se perder. A maioria das canções de meu pai foi editada por Mangione, Irmãos Vitale, editores antigos. Controlamos umas 60 por meio da Editora Rosa Morena”, conta. “Não liguei muito para o fato de o editor ser o controlador da obra. Procurei ser fiel à cabeça e ao coração do papai como compositor, principalmente no que diz respeito ao mar. Tanto que, em São Paulo, estou querendo fazer um projeto sobre a música dele com orquestra sinfônica, nos 100 anos do Teatro Municipal”, revela.

SHAKIRA

Dori vem ao Brasil de três a quatro vezes por ano. “Não trabalho mais nos Estados Unidos, a música ficou esculhambada, né? As pessoas estão cantando com os seios, as coxas e tal. Estas Shakiras da vida… Particularmente, acho que não há mais mercado lá para o tipo de música que faço. Mesmo porque, pessoas mais antigas, como Herb Alpert, um cara que fazia sucesso na década de 1960, estão trabalhando nos lugares em que trabalho”, diz, orgulhoso.

“Venho para o Brasil porque gosto de trabalhar aqui. Aqui o meu trabalho rende, porque é aqui que me inspiro. Agora mesmo recebi a honraria do governo de Minas (Medalha Tiradentes). Eu e meu parceiro Paulo César Pinheiro”, comemora. Outro orgulho: o texto de apresentação do novo disco, assinado por Maria Bethânia. “Ela escreveu bonito”, conclui.

domingo, maio 16, 2010

PRA QUEM NÃO CONHECE GRAFITE...

Grafite marcou o  golaço na goleada por 5 a 1 do Wolfsburg sobre o Bayern de Munique

Grafite marcou um golaço na goleada por 5 a 1 do Wolfsburg sobre o Bayern de Munique em 2009.

Torcedores do Wolfsburg, da Alemanha, elegeram esse gol do brasileiro Grafite, ex-São Paulo, como o mais bonito da história do clube, em uma votação pela internet.

O atacante marcou o golaço no dia 4 de abril de 2009, nos 5 a 1 da equipe sobre o Bayern de Munique, pelo Campeonato Alemão.

No lance, Grafite recebeu a bola pela esquerda, driblou a zaga inteira do adversário e, em seguida, deu um leve toque de calcanhar que passou por dois jogadores, com o goleiro já vencido, marcando um lindo gol.

“É um gol que eu nunca vou me esquecer. Entrar para a história do clube é muito gratificante. Foi um belo gol", afirmou o jogador.

Tomara que marque vários nessa copa e que ajude muito o Brasil a ser hexacampeão.

Vejam só que golaço incrível:

http://www.youtube.com/watch?v=e8eLSpDa_1E

e aqui (mais extenso e em diferentes ângulos):

http://www.youtube.com/watch?v=o-wrhO0M6fc&NR=1

E LÁ VEM A COPA DO MUNDO, E AQUI VEM O FUTEBOL


Confira a lista dos convocados por Dunga para a Copa do Mundo:

Goleiros: Júlio César (Internazionale-ITA), Gomes (Tottenham-ING) e Doni (Roma-ITA)

Laterais: Maicon (Internazionale-ITA), Daniel Alves (Barcelona), Michel Bastos (Lyon-FRA) e Gilberto (Cruzeiro)

Zagueiros: Lúcio (Internazionale-ITA), Juan (Roma-ITA), Luisão (Benfica-POR) e Thiago Silva (Milan-ITA)

Volantes: Gilberto Silva (Panathinaikos-GRE), Felipe Melo (Juventus-ITA), Josué (Wolfsburg-ALE) e Kléberson (Flamengo)

Meias: Kaká (Real Madrid-ESP), Elano (Galatasaray-TUR), Ramires (Benfica-POR) e Júlio Baptista (Roma-ITA)

Atacantes: Luís Fabiano (Sevilla-ESP), Robinho (Santos), Nilmar (Villarreal-ESP) e Grafite (Wolfsburg-ALE)

Confira a lista de espera da seleção brasileira:

Alex (Chelsea); Marcelo (Real Madrid); Sandro (Internacional)
Paulo Henrique Ganso (Santos)
Ronaldinho Gaúcho (Milan)
Carlos Eduardo (Hoffenheim)
Diego Tardelli (Atlético-MG)