Para inaugurar-me em seu blog.
(obrigado, Arnaldo – e grande abraço!)
12/12/2009
A pedido do jornalista Olímpio Cruz Neto, estou postando o informe abaixo, para que todos saibam que a 1a Conferência Nacional de Comunicação, primeiro e decisivo passo para a democratização da mídia no Brasil, será televisionada. Não deixem de participar desse momento histórico que está sendo boicotado, desde sempre, pelos barões da imprensa brasileira – que se pelam de medo de perder os muitos privilégios que têm.
Cobertura da Confecom será ao vivo, com transmissão pela internet e NBR
Evento terá participação de comunicadores de rádios e TVs comunitárias e haverá tenda para público não credenciado com telões
Mais de 300 profissionais de imprensa de todo o país estarão acompanhando a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que começa na próxima segunda-feira, 14 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A informação é do Ministério das Comunicações e da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. O tema da conferência, a primeira a ser realizada no Brasil, é “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital”.
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) montou uma grande estrutura para o evento, mobilizando a TV Brasil, a televisão a cabo NBR, oito emissoras de rádio e a Agência Brasil de notícias.
A conferência, inédita, gira em torno de três eixos temáticos: “produção de conteúdo”, “meios de distribuição” e “cidadania: direitos e deveres”. O evento atraiu a atenção de jornais, revistas, sites, portais, agências de notícia, rádios, emissoras de televisão, assessorias e mídia comunitária.
Além de jornalistas dos meios de comunicação tradicionais, a Confecom receberá cerca de 60 comunicadores de meios comunitários, que atuam em rádios, TVs e agências espalhadas pelo país. Uma tenda será montada do lado de fora do Centro de Convenções, com dois telões e rede wireless, para atender ainda a um público não credenciado, mas ligado à área de comunicação, como estudantes e blogueiros.
A TV Brasil e a Agência Brasil preparam uma cobertura intensa, com pelo menos dez jornalistas em cada um dos quatro dias da Confecom, que se encerra na quinta-feira, 17. Serão produzidas reportagens para os telejornais, e o programa Repórter Brasil, principal telejornal da emissora, promoverá debates todos os dias sobre os temas da conferência.
“Queremos passar ao telespectador a importância das comunicações, através do debate dos diferentes pontos de vista sobre o tema”, aponta Eduardo Castro, gerente executivo de jornalismo da EBC.
A NBR transmitirá a conferência ao vivo, desde a abertura, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às 19h de segunda-feira, até a plenária final, que ocorre no dia 17. O sinal estará à disposição de qualquer emissora que tenha interesse em pegar as imagens.
A NBR também será responsável pela transmissão da conferência pela internet, através do sítio oficial da Confecom e em seu próprio sítio.
Para esta cobertura, a NBR mobilizou 50 pessoas, entre técnicos e jornalistas. “Teremos um estúdio montado no Centro de Convenções para produzir entrevistas e boletins para os programas da grade e os telejornais”, afirma José Roberto Garcez, superintendente de Rede e Diretor de Serviços da EBC.
A programação da NBR é transmitida para mais de mil emissoras em todo o país, públicas e privadas, o que possibilitará um grande acesso da sociedade brasileira aos debates da Confecom. O sinal da NBR também pode ser captado por antenas parabólicas (veja abaixo os parâmetros para captá-la).
As emissoras de rádio da EBC farão uma cobertura especial da Confecom, com a realização de mesa redonda e entrevistas diretamente do Centro de Convenções, de terça a quinta-feira, entre 9h30 e 10h e das 16h às 16h30.
As rádios da EBC estão envolvidas com a Confecom desde as conferências estaduais que precederam a Conferência Nacional e, além de programas, mesas redondas e documentários produzidos, veiculam spots de 40 a 50 segundos com representantes dos segmentos que compõem a Confecom: representantes de organizações dos movimentos sociais, de entidades empresariais e poder público.
“Nossa proposta é permitir ao ouvinte participar da discussão e fazer o seu juízo de valor sobre um tema importante como a comunicação”, aponta Cristina Guimarães, gerente da Rádio Nacional, de Brasília, cabeça de rede da transmissão da Confecom.
A Associação de Rádios Públicas do Brasil (Arpub) também terá produção especialmente voltada para a Confecom, com equipe multiprofissional de diferentes emissoras públicas. A transmissão da Arpub será de terça a quinta-feira, de 18 às 18h30. As transmissões da EBC e da Arpub estarão disponíveis via satélite no mesmo canal da Voz do Brasil, que é transmitida para mais de 4 mil rádios do país.
No sítio da Radioagência Nacional , agência de rádio na Internet, há um link para acessar matérias, entrevistas e sonoras das equipes da EBC na Confecom. O dowload é livre e gratuito.
http://brasiliaeuvi.wordpress.com/2009/12/12/a-revolucao-sera-televisionada/
COMENTÁRIO do Embaixador ARNALDO CARRILHO:
Empregando o termo Revolução, só é de esperar-se que seja com seu verdadeiro significado e, não, o dessa coisa xepa de uso comum que chegou, por exemplo, à sua utilização para denominar uma quartelada (1964) que jogou nosso País para trás por mais de duas décadas. Isso quer dizer que, desde o primeiro discurso no ato de inauguração da I CONFECOM, os horrores do setor sejam alinhadamente constatados, denunciados e comprovados e, as soluções propostas, bem alinhavadas.
No estágio a que atingiram, nada mais são que veículos de manipulação, entregues de mão beijada a grupos não-afinados com os interesses nacionais e sul-americanos, visando à imbecilização geral. Tais grupos - como aconteceu no caso-ANCINAV, faz cinco anos - conseguem escorar-se naquilo que combatem, a liberdade de expressão (deles), e cínica e descaradamente se declaram meios adequados ao nível cultural e gosto do público brasileiro, por eles mesmos difundidos. Mais, assim agindo, tornaram esse público inerme à informação geral, logo, a impedir o acesso a um mínimo de conhecimento de nossa gente, alienando-a dos fatos e do mundo, salvo ao que há de pior gerado no ventre de uma Hiperpotência que domina pela força o que de mais enriquecedor e positivo surgiu na civilização ocidental, nos últimos 200 e tantos anos.
Quando surge a ocasião de equipar-nos com uma verdadeira TV Pública, de difusão nacional e sul-americana, as "circunstâncias" induzidas por uma legislação de concessões (selvagens) superada e pelos tráficos de influência do oligopólio televisivo resultam nessa chatice de TV Brasil, assentada numa empresa de milhares de burocratas inúteis, a qual, de pública, só atende ao que seus dirigentes dizem dela própria. Lidamos com um mundo de fantasia e de mentiras, na área da Comunicação, de modo que uma Revolução para valer será deflagrada apenas se pormos cobro ao maior sintoma de nosso persistente subdesenvolvimento mental: ela só ocorre mediante rebelião; sem esta, melhor pendurarmos as chuteiras.
Não teremos como atingir a quinta posição no concerto mundial, se não sanearmos 57 anos de erros graves, sobretudo os útimos 44, de pífia presença audiovisual. Chega de "negociações"! O oligopólio se recusou até hoje empreendê-las porque só se negocia com adversários: até hoje, não dispusemos de força nenhuma para ocupar essa honrosa categoria. Temos apenas sido formadores de retóricas inúteis, caindo no ridículo dessa classe-média reacionária que vive a esperar Godot, se possível mediante nosso esmagamento, em sua passagem rumo ao Nada.
Abraços e bom domingo do
Arnaldo C.
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