E quem quiser contribuir, mandando inclusive textos, é só me contactar. Comentários, é claro, serão bem-vindos - quem quiser polemizar, discutir, brigar, também pode: só não prometo continuar no tema, pois o tempo nem sempre existe, nem tudo vale a pena mergulhar fundo e os assuntos são muitos.

Ah! Para quem não me conhece, posso me definir como um ATIVISTA CULTURAL BRASILEIRO – adotando definição dada pela jornalista Beatriz Wagner (obrigado, Bea!) durante o Brazil Film Festival de Sydney, em outubro de 2009. Sou de São Paulo, capital, mas moro em Sydney, Austrália desde o final de 1980. Além de ser ou gostar de ser um ativista cultural, ou como parte disso, faço música, cinema, escrevo, trabalho como guia de turismo multilíngüe (em português, inglês, espanhol e italiano) viajando por toda a Austrália, faço traduções, dou aulas de violão, português e inglês, entre outras coisas – e sou formado em Arquitetura e Urbanismo pelo Mackenzie (SP) sem ter exercido a profissão.

domingo, janeiro 31, 2010

Retratos do Sincretismo

Novo livro resgata o Brasil visto pelas lentes do francês Pierre Verger

Retratos do Sincretismo
Foto: por Pierre Verger
Candomblé: Bahia, 1972 - O bom trânsito de Verger permitia que ele registrasse incontáveis cultos religiosos. Estas imagens são da festa Águas de Oxalá, com participação do Candomblé Opô Aganjú


''Este homem é um feiticeiro, tem poderes." Essa é uma das inúmeras descrições feitas a respeito de Pierre Verger. Nascido na França em 1902, Verger era homem da época em que ainda existiam mistérios perdidos para serem descobertos nos quatro cantos do mundo. Na década de 30, largou a vida confortável que tinha em seu país e virou fotógrafo itinerante. Acompanhado de sua Rolleiflex, rumou ao Oriente e à África, clicando civilizações que viraram poeira com a chegada dos tempos modernos. Depois da Segunda Guerra, Verger aparentemente já tinha visto tudo, mas sua vida mudou totalmente quando chegou à Bahia em 1946. Ele se transformou, mergulhando de cabeça na cultura e religião afro-brasileiras. Verger estudou a diáspora africana e se apegou ao candomblé, ganhando o título de babalaô. Sua atuação como etnológo foi reconhecida pela Universidade de Sorbonne. Os retratos de Verger capturam a essência da Bahia pré-trio elétrico. Até sua morte em 1996, foi um dos grandes poetas visuais de Salvador, celebrando rostos anônimos, porém expressivos, e invadindo ruas, becos e ladeiras. O livro Pierre Verger - Fotografias para Não Esquecer (Terra Virgem) resgata uma parte do acervo desse mestre.

sábado, janeiro 23, 2010



Para quem ainda nao viu… esse é o projeto do escritório americano Diller Scofidio + Renfro (DS+R), que vai dar forma ao novo Museu da Imagem e do Som (MIS) na Praia de Copacabana.

O projeto é inspirado nas curvas do calçadão de Copacabana e prevê rampas, janelões envidraçados e paredes vazadas, em que os visitantes vão ver não só o acervo do museu como também a paisagem da praia mais badalada do Rio de Janeiro.

As obras devem começar no início deste ano de 2010 – e a expectativa é de que o museu fique pronto dois anos e meio após a demolição do prédio em que funciona (ou funcionava) a boate Help.

Sensacional!!!!!!!!

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New York-based architect Diller Scofidio + Renfro (DS+R) has won the competition to design a new Museum of Image and Sound (MIS) on Copacabana Beach, Rio de Janeiro, Brazil.

The new BRL 65 million (US$ 35 million) MIS, which will occupy the site of an infamous nightclub, will use include extensive external access ramps and windows that will frame different views of Copacabana beach.

Covering 4500 m2, the new MIS will have space for permanent and temporary exhibitions, research facilities, a restaurant, and an open-air auditorium.

Construction, which is expected to start this year, will take two and a half years.

The present MIS was founded in 1965 and houses a variety of photos, posters, films, videos, and newspaper clippings, all of which will be transferred to the new museum.

sábado, janeiro 09, 2010

São Luiz do Paraitinga


Culturas Populares

Patrimônio imaterial de São Luis do Paraitinga também pode ser afetado pela catástrofe

A Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural vem a público se solidarizar com a população da cidade histórica de São Luiz do Paraitinga e tentar colaborar para que seu processo de recuperação seja o mais rápido e integral possível. Para tanto, chamamos a atenção para o fato de que não foi apenas o patrimônio histórico e material da cidade de São Luiz do Paraitinga, localizada no Vale do Paraíba (SP), que sofreu com a enchente provocada por fortes chuvas que caíram sobre a cidade histórica nos primeiros dias do ano. Tombada como Patrimônio Histórico Material desde 1982, o município possui uma riquíssima variedade de tradições culturais imateriais, que não deverão acontecer neste ano, em conseqüência do desastre natural.

Além do Carnaval, um dos mais originais do Estado de São Paulo, que tem como característica principal as Marchinhas, que “contam” a história do povo da cidade com seus mitos, lendas e tradições, São Luiz é palco de várias festas religiosas e expressões culturais tradicionais importantes como a Festa do Divino, as Folias de Reis, a Semana Santa, o Corpus Christi, a Festa de São Luiz de Tolosa (em homenagem ao padroeiro da cidade o Frade franciscano São Luiz de Tolosa) e as Festas de Nossa Senhora das Mercês e de Santa Cecília.


O Saci, um dos personagens principais das lendas brasileiras, também tem o seu dia de festa em São Luiz de Paraitinga. Realizada todo dia 31 de outubro, a Festa do Saci começa com o “Saciciclístico”, um passeio ciclístico pelas trilhas naturais existentes em volta da cidade e cujos últimos 800 metros são percorridos pelos participantes pedalando com um pé só. A Festa tem ainda teatro infantil, o Bolo do Saci, o Raloim Caipira e termina com a apresentação de várias bandas e artistas locais. A partir daí iniciou-se uma campanha positiva, de afirmação da identidade cultural nacional em contraposição ao avanço de festejos exógenos como o Halloween, que culmina agora com a defesa da escolha do moleque travesso para mascote da Copa do Mundo de 2014.

Nas festas religiosas, e também nas profanas, não faltam as presenças dos personagens João Paulino e Maria Angu, um casal de bonecos gigantes que faz a alegria das crianças da cidade. São Luiz de Paraitinga tem ainda o Caiapó, o Moçambique, o Jongo e a Dança do Caranguejo. A Cavalhada do distrito de Catuçaba, uma das únicas do Estado de São Paulo e uma das mais importantes do país, também faz parte da Festa do Divino Espírito Santo e é marcada pela farta distribuição do afogado, uma típica comida da região.


O Carnaval começaria em janeiro, com o Festival de Marchinhas, cuja realização estava prevista para os dias 23, 24 e 31, mas os eventos devem ser cancelados. O Festival tem como objetivo o fomento à cultura musical da cidade e a valorização das marchinhas, que são protegidas por lei municipal. As cerca de 1.500 marchinhas já compostas pelos luizenses têm uma linguagem própria, desenvolvendo uma musicalidade original, valorizando, sobremaneira, os músicos locais, herdeiros de Elpídio dos Santos. Durante o Carnaval, blocos e cordões de foliões percorrem as ruas históricas da cidade ao som dessas criações poéticas e musicais locais.

Com a destruição da Igreja Matriz São Luiz de Tolosa e a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, as festas religiosas ficaram sem os seus palcos principais para acontecerem. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) não faz previsões sobre o tempo necessário para a recuperação da cidade, uma vez que este depende de diversos estudos que ainda não começaram.


DOAÇÕES

A prefeitura de São Luís do Paraitinga abriu conta para receber doações. O número é 12-2, Caixa Econômica Federal, Agência Mazzaropi 2898, operação tipo 006. O CNPJ da prefeitura para transferências via internet é 46.631.248-0001/51.

Outras informações sobre ajuda humanitária podem ser encontradas no blog http://www.sosparaitinga.blogspot.com/
(Comunicação/SID)

Comunicação SID/MinC

Telefone: (61) 2024-2379

E-mail: identidadecultural@cultura.gov.br

Acesse: www.cultura.gov.br/sid

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quinta-feira, janeiro 07, 2010

Encontro dos Povos Guarani da América do Sul


Representantes do MinC se reúnem em Diamante D’Oeste/PR para discutir os últimos detalhes do Encontro

Será realizada, nos dias 13 e 14 de janeiro de 2010, a 2ª Reunião da Comissão Organizadora do Encontro dos Povos Guarani da América do Sul na aldeia de Tekoha Añetete, município de Diamante D’ Oeste, Paraná. A Comissão é composta por representantes da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC), por 15 lideranças Guarani do Brasil e do Paraguai e pelo antropólogo Rubem Almeida, coordenador do projeto, além de representantes da Itaipu Binacional, do Ministério da Cultura do Paraguai, da Prefeitura de Diamante D’Oeste e do Instituto Empreender, responsável pela produção executiva.

Os principais objetivos dessa 2ª reunião são os de definir os temas que serão discutidos durante o Encontro, a composição das delegações e os últimos detalhes logísticos, como os horários do transporte, a hospedagem e alimentação. Nessa reunião, que será a última da Comissão Organizadora antes do Encontro, em fevereiro, serão definidos ainda os espaços da aldeia para a montagem das estruturas de tendas e refeitório.

O Encontro dos Povos Guarani da América do Sul acontecerá entres os dias 02 e 05 de fevereiro, também na aldeia Tekoha Añetete, e contará com a participação de cerca de 800 indígenas Guarani do Brasil, da Bolívia, do Paraguai e da Argentina. O dia 02 será destinado à recepção das delegações. Os dias 03 e 04 serão destinados para reuniões exclusivas dos Guarani. No dia 05, último dia do Encontro, haverá reunião dos Guarani com os Ministros de Cultura dos países participantes e convidados.

O objetivo do Encontro é fomentar uma nova perspectiva cultural que fortaleça a relação entre esses povos e reduza a distância existente entre essas populações e os não-índios. O evento pretende, também, contribuir para a reflexão da importância dos povos Guarani para a formação da cultura sul americana.

O Encontro conta com a parceria da Itaipu Binacional, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), das Prefeituras de Diamante D’Oeste e Foz do Iguaçu, das Secretarias de Educação e de Cultura do Paraná e da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Além delas, o projeto ganhou o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Mercosul Cultural - Fórum dos Ministros de Cultura dos países do Mercosul.

(Comunicação-SID/Minc)

Comunicação SID/MinC

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sexta-feira, janeiro 01, 2010

TICO DA COSTA - minha homenagem a um velho amigo de Roma, que já não está mais conosco – e um Feliz Ano Novo a todos!



01 Sal Demais
02 Paixão Neon
03 Puxa Vida
04 O Endereço
05 Vou na Onda do Mar
06 Ana Bandolim
07 Maria dos Navegantes
08 Pés no Chão
09 Ridinha
10 As Vezes Choro
11 Lua Castelhana
12 Pedras do Caminho

Tico da Costa, falecido recentemente (29/08/09), foi compositor e violonista: uma expressão genuína que abrange o bucólico dos
ritmos nordestinos, a picardia do chorinho e a sofisticação da bossa. Nasceu em Areia Branca, litoral do Rio Grande do Norte. Saiu de lá e foi iniciar suas primeiras notas musicais na Escola de Música de Natal. Continuou seus estudos em Recife e em seguida foi pra Roma. Viveu oito anos fazendo tournées pela Itália, Suíça, Áustria, Alemanha, Holanda e França. Gravou cinco discos na Itália, fez trilha sonora de filmes (trabalhou com Lina Wertmuller). Nos Estados Unidos realizou vários espetáculos num longo circuito universitário. Em Natal, Recife e Roma estudou música, e na universidade, Letras. Ele fala com graça do cotidiano nas suas canções. Possui um estilo inconfundível. Entrelaçando harmonia, arpejos, criando um dinamismo polirrítmico que fascina público, músicos e críticos pela sua exuberância: seja como solista voz-violão, seja acompanhado de suas bandas no Brasil, Itália e Estados Unidos.
Conheci Tico da Costa em Roma, em 1980, nos quase 5 meses em que morei lá. Tico dava aulas de violão na Embaixada do Brasil na Piazza Navona, onde eu comecei a ensinar também. Tocamos juntos nas horas vagas e mostramos um pouco da nossa música, um ao outro. Os ventos me levaram para Sydney e nunca mais nos vimos. Tico, meu velho, você se foi muito cedo. Mas sei que você está na maior festança lá no céu - com a galera todinha. Forte abraço! E dê uma força pra gente aqui embaixo, vez em quando.

Clique abaixo para download:
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