E quem quiser contribuir, mandando inclusive textos, é só me contactar. Comentários, é claro, serão bem-vindos - quem quiser polemizar, discutir, brigar, também pode: só não prometo continuar no tema, pois o tempo nem sempre existe, nem tudo vale a pena mergulhar fundo e os assuntos são muitos.

Ah! Para quem não me conhece, posso me definir como um ATIVISTA CULTURAL BRASILEIRO – adotando definição dada pela jornalista Beatriz Wagner (obrigado, Bea!) durante o Brazil Film Festival de Sydney, em outubro de 2009. Sou de São Paulo, capital, mas moro em Sydney, Austrália desde o final de 1980. Além de ser ou gostar de ser um ativista cultural, ou como parte disso, faço música, cinema, escrevo, trabalho como guia de turismo multilíngüe (em português, inglês, espanhol e italiano) viajando por toda a Austrália, faço traduções, dou aulas de violão, português e inglês, entre outras coisas – e sou formado em Arquitetura e Urbanismo pelo Mackenzie (SP) sem ter exercido a profissão.

sexta-feira, março 16, 2012

Pery Ribeiro, o amigo do rei



O amigo do rei (Moacyr Luz & Aldir Blanc)

Meus sonhos sei de cor, neles não sou quem sou
Eu durmo na pior e acordo embaixador
E tenho o que não tenho
E sei o que não sei
O verdadeiro amigo do rei
Dou sorte no cassino, depois eu vou
Dançar um tango argentino com meu novo amor
Fugimos rumo a Roma e num vapor
Eu tenho a cabeça louca, louca
Gosto mesmo é de sonhar
E acho a realidade triste e pouca
Meu trabalho é inventar
Há quem viva sem lembrança
Com dinheiro e segurança
Debochando de quem enlouqueceu
Esse não entende nada, dentro da noite fechada
Não é muito mais feliz que eu

Dou sorte no cassino, depois eu vou
Dançar um tango argentino com meu novo amor
Fugimos rumo a Roma e num vapor
Eu tenho a cabeça louca, louca
Gosto mesmo é de sonhar
E acho a realidade triste e pouca
Meu trabalho é inventar
Há quem viva sem lembrança
Com dinheiro e segurança
Debochando de quem enlouqueceu
Esse não entende nada, dentro da noite fechada
Não é muito mais feliz que eu

Brasil perde grande cantor Pery Ribeiro


Morreu, no Rio de Janeiro, o cantor e compositor Pery Ribeiro, filho de Herivelto Martins e Dalva de Oliveira. Pery estava internado com problemas cardíacos. Na manhã da sexta-feira, 24 de fevereiro, teve um infarto.
Para quem era filho de estrelas da música brasileira, cantar era muito familiar. Aos 20 anos, Pery Ribeiro trabalhava como câmera na antiga TV Tupi quando foi convidado para cantar no programa de Paulo Gracindo. Nunca mais parou.
Era o inicio dos anos 60. O Rio de Janeiro cantava o sol, o mar e o amor de um jeito cheio de bossa. Pery Ribeiro ia se tornar uma das vozes da bossa nova. Ele se orgulhava de ter sido o primeiro a gravar Garota de Ipanema.
“Um grande cantor, destes cantores tão grandes que cantavam de um samba-canção, tango, caipira até a bossa nova”, lembra o produtor musical Ricardo Cravo Albin.
Pery foi também o guardião da memória do país. Em 2006, lançou o livro Minhas Duas Estrelas, sobre a vida e os conflitos de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. O livro serviu como base para a minissérie Dalva e Herivelto.
Nos últimos anos, ele retomou as origens e gravou sucessos do pai.